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19.1.10

O rei da caixa de lata

Era uma vez um castelo, uma rainha e uma menina.
Mas o mais fantástico desta história era o lápis. Claro que era um lápis especial. Vivia numa caixa de lata que em outros tempos costumava guardar bolachas na casa da avó. Nessa caixa, viviam lápis de cera, canetas de feltro e um tubo de cola, além de outros lápis da nossa história. O nosso lápis era branco mas pintava com todas as cores do arco-íris. Por isso julgava tão importante. Não era um lápis branco normalmente não eram usados. Era o rei da caixa de lata ou pelo menos pensava que era. E como era rei, sonhava ter um castelo! Estava decidido a fazer um castelo da próxima vez que a menina pegasse nele. E lá vinha ela! Procurava-o no fundo da caixa. Pegava nele cheia de vontade de desenhar uma rainha, mas o lápis teimoso só desenhava o que queria e naquele dia ia concretizar o seu sonho – ter um castelo! Ela tenta em várias vezes, em folhas diferentes, mas havia sempre um castelo ao lado, á frente ou mesmo por cima da sua rainha. Mesmo assim, a menina continuou a desenhar porque, na verdade, até estava a gostar da brincadeira. A rainha estava mesmo bonita. Parecia que gostava de estar vestida daquela maneira. Nenhuma rainha do mundo tinha um vestido igual. Nessa altura, uma enorme levadiço transformou a sua saia num verdadeiro castelo. Sim…todos os castelos têm uma porta para abri aos amigos…ou para fechar às criaturas que perturbam a nossa paz! A menina estava divertidíssima com o que se passava na sua folha de papel. Até o lápis branco gosta dos disparates que acontecem no mundo da fantasia. Enquanto o lápis branco desenhava o manto, a rainha aproveitou para telefonar à sua fiel amiga princesa do tempo, para lhe contar os últimos acontecimentos. Quando acabou de fazer o manto, este misturou-se castelo. Algumas árvores nasceram em frente aos muros. O pior foi quando a rainha se constipou por ter os pés dentro de água. Ai que grande aflição! Claro que o lápis branco tratou logo de fazer aparecer um frasco de xarope para curar a constipação da rainha. Mas a rainha não queria por nada tomar o remédio, até que a menina a conversar, contando-lhe que quando é preciso tomar remédios,alguém deve segurar a nossa mão para que o amargo se transforma em doce. Realmente era verdade…aquele remédio era mesmo docinho. Ai que grande confusão! O desenho estava muito bonito. Todos estavam contentes. O lápis estava feliz porque sempre realizara o seu sonho que era ter um castelo. A menina divertiu-se imenso porque no fundo o que lhe interessava era fazer um desenho e aquele era muito original. A rainha estava maravilhada e, mesmo constipada, não tirava os pés da água e adorava o seu vestido. (Maria Cardoso)
Daniel 3º ano